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A MINHA HISTÓRIA

Vou contar somente um pouco da minha história. Nasci na cidade de São João do Rio do Peixe, no sertão da Paraíba. Cresci na barbearia do meu tio. Lá, tive o meu primeiro brinquedo, que eram os cabelos que meu tio cortava e que caíam no chão. Minha mãe me colocava para engatinhar e eu ia diretamente na direção dos fios, espalhando tudo o que estava ali. Acho que foi aí que tive os primeiros indícios de que faria o que faço atualmente.

 

Cresci vendo meu tio cortando cabelos. Acho que de tanto vê-lo trabalhando aprendi a cortar até mesmo antes de falar as primeiras palavras, kkk.

Fui percebendo que eu poderia também fazer o que ele já fazia muito bem, até o dia em que eu pudesse pegar na tesoura. Fiz isso. Não na cabeça de alguém, mas nas lãs das ovelhas que meu pai criava. Foi a primeira experiência que tive com uma tesoura na mão. Já imaginou o que aconteceu? Meu pai não achou nada legal! As ovelhas sem “cabelo” e eu sem o couro das costas. Eu tinha 15 anos de idade e isso foi só o início.

 

O meu primeiro cliente-cobaia foi o meu irmão caçula: o meu primeiro corte de cabelo. Com dezessete anos e meio de idade, em 1987, viajei para São Paulo deixando meu tio barbeiro em paz. Uma viagem que demorou uma eternidade de quatro dias de ônibus. Mas cheguei em paz. Por força do destino, quando eu cheguei ao bairro onde iria morar e desci do ônibus, adivinhe a primeira coisa que vi? Uma barbearia. Fiquei ali parado por alguns instantes vendo aquele senhor cortando os cabelos. Percebi que ele usava uma técnica de precisão, de um jeito que o meu tio não fazia: puxava os fios entre os dedos e passava a tesoura cortando de forma muito precisa. Foi aí que eu fiquei mais impressionado e pensei: "Deve existir ensinamentos para essa coisa e é vida que segue".

 

Chegando ao meu destino, logo no dia seguinte, eu já sabia que precisava procurar um emprego e que nada era fácil em uma cidade tão grande como São Paulo. E assim fiz, saí em busca de um emprego e encontrei uma vaga em uma pizzaria do bairro, de ajudante de cozinha. Era uma vaga muito disputada e eu tinha que lavar mil pratos, em média, por noite, sem falar dos milhares talheres. Os meus primeiros dias de ajudante foram assim. Fiz amigos no novo trabalho; um deles trabalhava como garçom e fazia um curso de cabeleireiro. Ele me convidou a ir até a escola e, quando lá cheguei, eu me lembrei do primeiro dia em que cheguei a São Paulo e vi aquele barbeiro trabalhando.

 

Na escola, pensei: "Que legal! Eles ensinam a trabalhar com corte de cabelos. Muitas pessoas e aspirantes à profissão". Achei aquilo o máximo. Aproveitei e já fiz a minha matrícula, não deixei para depois. No dia seguinte, comecei o meu treinamento. Fiz o curso por nove meses, não perdi um dia sequer. Ufa, terminei! Pensei: "Agora, com diploma na mão, sou cabeleireiro. É só procurar uma vaga em um salão". E fui em busca da tão sonhada vaga para conseguir sair da pizzaria onde ocupava a vaga tão disputada de ajudante de cozinha.

 

Vida que segue. Trabalhando à noite, eu tinha o dia livre para procurar a esperada vaga de cabeleireiro. Sempre que via um anúncio "Precisa-se de cabeleireiros", eu ia até o salão e ouvia sempre a mesma pergunta dos donos: "Você tem experiência? Contratamos somente profissionais com cinco anos de experiência". Dizia a mim mesmo: "Nunca conseguirei sair daquela pizzaria! Vou pedir as contas e voltar para a minha cidade. Pelo menos, lá estão as ovelhas para eu ganhar experiência".

 

Fiz o que pensei, saí da pizzaria, fiquei fazendo apenas os bicos aos fins de semana e o restante da semana cortava cabelos de alguns amigos em domicílio.

Sabia que não era aquilo que queria para mim, precisava arrumar um salão para poder me desenvolver como profissional.

           

Tomei a decisão de voltar para a minha cidade natal, isso tudo no fim de 1989. Fiz as malas levando minhas ferramentas, desta vez, uma máquina de cortar cabelo, novidade que o mercado tinha acabado de lançar. Voltei para o sertão da Paraíba, local onde tudo começou. Chegando lá, fui logo atrás de uma vaga em um salão badalado da cidade e disse ao dono do salão que trazia uma novidade. Abri a mochila com as ferramentas, incluindo a máquina de cortar cabelo, e de cara ele respondeu: "Garoto, tenho uma vaga para você!  Quer começar quando?". Eu respondi que começaria naquela hora mesmo, se possível! Acertamos para começar no dia seguinte, e pensei comigo mesmo: "Se não fosse a máquina, ele não teria me contratado".

 

Comecei a tão sonhada profissão. Tive muita sorte com a novidade que levei, pois, no mês seguinte, a Globo lançou uma novela em que o ator Maurício Mattar surgiu com um corte de cabelo com máquina 2. Imagine quem tinha essa mesma máquina? Eu! Foi um sucesso. Todo mundo queria fazer esse corte de cabelo, fazia fila para cortar comigo.

 

Faturei com a novidade. Em nove meses, juntei dinheiro para montar o meu primeiro salão, eu tinha 19 anos. Não foi nada fácil montar o primeiro espaço. Era muito pequeno, tinha cerca de 20 metros quadrados, uma cadeira, um espelho, um lavatório e um banco de espera de madeira, que foi construído pelo meu pai. Agora, eu era dono de um salão e ganharia experiência para voltar para São Paulo.

 

Trabalhei durante cinco anos na minha cidade, de segunda a segunda. Aos domingos, dia da minha folga, eu pedalava 14 quilômetros de bicicleta para ir a uma comunidade atender as pessoas. Como o dinheiro por lá era bem escasso, elas me ofereciam, em troca do serviço, arroz feijão, frangos e galinhas. Eu estava disposto a aceitar qualquer coisa para trabalhar.  

 

Com o tempo, vi que as coisas não andavam mais, eu tinha parado de crescer e decidi voltar para São Paulo com a experiência de cinco anos que adquiri. Em 1995, voltei para São Paulo, queria novos ares, crescer na carreira já com a experiência como dono de salão, pois eu não precisava trabalhar como empregado, era necessário montar um pequeno espaço para começar. E assim fiz. Comecei em um espaço com 25 metros quadrados, uma cadeira, um espelho e um lavatório simples. Começando do zero e sem cliente, pensei que era loucura, teria uma dívida no fim do mês com aluguel e luz, e nenhum cliente. Só me restava montar uma estratégia. Passei a estudar os concorrentes, observei que todos abriam e fechavam os salões no mesmo horário. Tive a ideia de abrir uma hora mais cedo e fechar uma mais tarde, teria duas horas a mais para trabalhar sem concorrência. E não é que isso deu certo?

 

Quando abria o salão, sempre chegava um cliente da concorrência, dizendo: "Sou cliente de fulano e, como ele não abriu ainda, vou experimentar o seu corte de cabelo". Eu, no meu inconsciente, pensava que precisava dar o meu máximo, caprichar para segurar o cliente e isso funcionou muito bem. Atender um cliente antes de o concorrente abrir e outro antes de fechar garantiria o meu aluguel.

 

Com o aumento da clientela, fui obrigado a trocar de espaço depois de um ano. Aluguei outro espaço com 60 metros quadrados, que foi onde o negócio cresceu. Trabalhei até 2002 apenas cortando cabelo. Nesse mesmo ano, foi lançada a escova definitiva no Brasil. Mais uma vez, tive um insight. Apostei na novidade, fiz o curso de alisamento definitivo, que não era nada barato, mas achei que valia a pena o investimento. Deu tão certo que, em três anos, eu já tinha o salão mais conhecido da região em termos de alisamento definitivo, além de conhecimento suficiente, mas isso não bastava. Eu não estava satisfeito com alguns resultados obtidos em determinados cabelos. Dessa forma, fiz uma pesquisa sobre os produtos que têm o poder de modificar as estruturas capilares. Ao mesmo tempo que eu trabalhava com o alisamento, fazia um estudo completo sobre o negócio, juntando todas as informações das etnias africana, asiática e europeia, até que chegou a vez de estudar os produtos e seus efeitos colaterais e físicos. Levantei todas as informações sobre os resultados proporcionados, de quem comprá-los ou onde os serviços eram vendidos. Descobri que eu e todos os profissionais trabalhavam adestrados pelas empresas que vendem tais produtos, isso mesmo, adestrados. Por quê? Porque as empresas não passam as informações juntas sobre a ciência dos produtos e dos cabelos, pois sabem que profissionais inteligentes não compram pelos rótulos ou por causa do marketing com promessas milagrosas. Sabendo disso, tive ainda mais vontade de estudar sobre o assunto e o fiz, dia e noite, para criar um método que trouxesse resultado com garantias para quem executa o serviço e para o cliente que o compra.

 

Com o estudo feito e a sabedoria para trabalhar, chegou a hora de batizar a metodologia do alisamento. O nome escolhido foi Sistema de Compactação Capilar e Alisamento Compactado. Além da metodologia elaborada para o alisamento, criei ferramentas e acessórios, nascendo também a primeira tabela de mapeamento capilar. Com mais de 80 tipos de cabelos que podem ser alisados, além dos produtos, criei a primeira prancha especial produzida para ser usada com os produtos.

 

Era hora de mostrar para todo mundo que tínhamos avançado para trabalhar com um alisamento seguro. Com a evolução da internet, achei que devia entrar nessa onda e procurei um profissional da área que pudesse me ajudar a montar um site. Por meio da ajuda deste profissional, o primeiro site foi criado: era o escovalight.com. Depois, percebi que o nome não ajudaria muito nas buscas do Google e, após dois anos, fechei o site. Pesquisamos outro nome que tivesse uma raiz de cabelo e que pudesse ser achado pelos clientes com as palavras "cabelo liso". Foi aí que, em 2009, surgiu o nome para o meu negócio: o site CABELOLISO.COM, que seria a página de divulgação dos meus trabalhos. A partir desse dia, começaria um novo desafio para mim. Um mercado que eu ainda não conhecia muito, mas, como todo desafio, é preciso desafiar!

 

A missão era buscar informações e isso foi feito. Comprei uma câmera de 2MP para fazer as primeiras fotos, naquela época era muito difícil de achar. Tirei as primeiras fotos para alimentar o site, mas só fotos não era o bastante. Anos depois, surgiram as câmeras que também faziam vídeos. Então, seria a vez de comprar uma que transformasse as minhas imagens em movimento. Comprei a primeira câmera para fazer vídeos e, a partir desse dia, faria vídeos de todos os cabelos que seriam alisados. Com todos os vídeos em arquivos, surgiu uma nova ideia: fazer um canal no YouTube, novidade aqui no Brasil. O canal ficou pronto e fui colocando os vídeos antes do alisamento e depois do procedimento. As dúvidas de muitas pessoas passaram a ocorrer, elas queriam saber que tipo de alisamento era aquele.

Bem, a maior parte dessas pessoas era de profissionais buscando informações sobre que tipo de produto era usado durante o processo. E agora? Como explicar para todo mundo que o resultado não está no martelo, mas em quem dá as marteladas?

Foto-Tratada-Camisa-azul.png

Comecei a sanar as dúvidas dos profissionais sobre o método utilizado no procedimento. Expliquei que, se quisessem aprender a arte de fazer alisamento, eu ensinaria a eles tudo o que tinha aprendido por meio de um treinamento, com duração de uma semana, no meu salão. Alguns deles ficaram interessados em aprender a metodologia de trabalho. Assim, chegou o momento de criar uma página para cadastro no site. O primeiro cadastro foi de uma profissional da Bélgica. Fechamos negócio e ela veio ao Brasil para o treinamento. Em um ano, eu já havia vendido mais de cem treinamentos, foi um sucesso!

 

Com o negócio em alta, chegou a vez de investir em um novo espaço. Era o momento de nascer o salão cabeloliso.com, em 2012. Ele foi lançado exclusivamente para atender à demanda de clientes interessados no sistema de compactação capilar. Além disso, o espaço foi concebido para atendimento de clientes em geral e treinamento de profissionais.

 

Até hoje, treinei mais de 450 profissionais espalhados em mais de 15 países. Já são mais de 20 mil alisamentos efetuados no salão cabeloliso.com, sem contar os outros feitos pelos profissionais habilitados no sistema.

 

E não para por aí. Em breve, mais novidades do criador Renildo Ferreira, o mestre dos alisamentos.

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